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Os cuidados que o músicos de sopro deve ter com seu corpo

O simples ato de carregar o instrumento exige cuidados básicos





Talento e horas dedicadas ao estudo não garantem,sozinhos, a boa performance do instrumentista. A postura adequada e até mesmo os cuidados com os dentes podem ser a diferença entre uma apresentação memorável e uma outra apenas mediana. E a melhor maneira de evitar qualquer tipo de problema de saúde ainda é a prevenção.No caso dos problemas de postura, a consciência corporal,aliada à preparação física, são os pontos chaves da prevenção.“É muito importante que o músico tenha a percepção do seu corpo ao tocar ou mesmo carregar seu instrumento”,considera o fisioterapeuta João Miranda Aires. Regular acadeira de acordo com a altura,alternar o lado em que se carrega o instrumento, manter as costas sempre eretas e flexionar os joelhos ao pegar peso são cuidados necessários para que o profissional evite distúrbios da postura.Outro hábito que ajuda o instrumentista a ter mais resistência e menos dores no corpo,além de ser indispensável para assegurar uma vida saudável, éa prática de esportes. “Fazer exercícios com regularidade auxilia o músico a alcançar o preparo necessário para enfrentar as horas de trabalho e estudo comuns da profissão”, acrescenta o fisioterapeuta. O alongamento também é fundamental para prevenir os problemas físicos.“O instrumentista de sopro deve evitar abaixar a cabeça durante a execução e alongar com freqüência a região
Os cuidados que o músicos de sopro deve ter com seu corpo
posterior, que sofre maior tensão. Uma maneira de fazer isso é deitar de costas e apoiar o pescoço em uma toalha enrolada. Isso devolve a curvatura correta à nuca”, diz o especialista.Para os casos onde o problema já existe, as opções de tratamento são muitas, de shiatsu e acupuntura à cirurgia.Elas dependem da preferência do profissional e da gravidade da situação. A RPG (Reeducação Postural Global) e a Osteopatia também são indicadas. “A RPG visa buscar a causa do problema e trabalhar globalmente para eliminá-lo, acabando com as retrações musculares provocadas pela postura incorreta. Já a Osteopatia trabalha articulação por articulação, recolocando-as no lugar e evitando que se desgastem”, explica o fisioterapeuta. Outro método bastante procurado pelos músicos é a Técnica de Alexander, que procura promover o equilíbrio entre o corpo e a mente,prevenindo as tensões desnecessárias através do conhecimento do corpo. No entanto, o músico não precisa esperar surgir o problema para procurar ajuda especializada.Segundo João, a fisioterapia tem a função não apenas de restabelecer a postura e a função da musculatura, mas também prevenir que os problemas apareçam.A boa saúde dos dentes é outro fator essencial para o bom desempenho do instrumentista de sopro. Tratamentos de canal, restaurações, problemas de gengiva e até uma simples cárie precisam ser avaliados e solucionados com muito critério, para não interferirem na qualidade do trabalho do artista. “Cada músico adquire sua própria embocadura ao longo dos anos. Uma mínima alteração,como o desgaste de 1 ou 2 mm de um dente, por exemplo, já pode possibilitar que o ar ´vaze´ entre os dentes, alterando a performance”, explica o dentista Alexandre de Alcântara.Insatisfeito e, muitas vezes, com a autoconfiança prejudicada, o músico pode começar a procurar nova embocadura, resultando em pressão inadequada nos dentes,o que acarretará outros problemas mais tarde. Para evitar esse tipo de desvio, o dentista aconselha a todo instrumentista de sopro a fazer um molde de sua boca. Com ele em mãos, fica mais fácil reproduzir o formato dos dente sem caso de necessidade.

Fonte:Revista Weril - nº 132

Dicas de trompete com Naná Bencke



Notas agudas no Trompete

Técnica usada por Sylas Xavier representante do famoso clínico jerome callet new york.





Dicas de trompete com Jézer dos Santos da Silva





A importância de se estudar com um metrônomo


Sempre que vamos estudar, temos que estar atento à duas coisas principalmente: à melodia, e ao ritmo da música. Não é nada anormal em determinado momento, atrasemos ou adiantemos o andamento, porém isso não é nada recomendável, ou agradável que aconteça quando estamos tocando pra valer.
Você pode contornar isso, utilizando-se de um metrônomo. Alguém pode perguntar, mas que bicho é esse, morde ou é de comer? Pois bem, um metrônomo é um dispositivo destinado a marcar o andamento (velocidade), e a formula do compasso de uma música (2/4, 3/4, 4/4 etc…). É um aparelho bem antigo, que antigamente era fabrigcado com um mecanismo semelhante ao dos relógios. Hoje com a evolução da tecnologia, existe inúmeros modelos digitais, dotados de vários recursos como: diapasãoafinador, etc… Os preços variam entre 30 e 200, dependendo da marca e recursos.

Agora se você não tem muita necessidade de algo portátil, pode utilizar um programa em seu computador que simule um metrônomo. É também uma ótima solução. De todos que eu testei, um dos melhores foi o Metronome Plus, que tem ótimos recursos. Também tem uma vantagem de rodar no computador sem precisar ser instalado.

É um ótimo investimento. Fiz uma pesquisa, e o que ofereceu o melhor custo benefício foi o da marca Groovin(comerceializado pela Grellmann) que vai de 30 a 320 BPM‘s também tem recursos de afinador, entrada p2 etc, realmente vale a pena.


Informações de bocais para trompete


Como sempre existe muitos comentários e dúvidas sobre bocais, estou disponibilizando algumas especificações que podem ajudar na hora de escolher um bocal.

Borda – Um contorno chato tende a segurar os lábios no lugar, por isso bordas com um contorno mais arredondado permitem maior flexibilidade que os de contorno chato. Uma borda mais larga aumenta o conforto e a resistência sobre uma borda mais estreita. Porém uma borda larga oferece menos flexibilidade.

Uma borda que tenha a beirada (bite) mais aguda no lado de dentro fornece articulações mais claras por segurar os lábios no lugar.


Cup – Com o aumento do cup em tamanho, sobrará mais lábio para vibrar o que faz um som com mais volume. A profundidade do cup ajuda a controlar a qualidade do tom. Um formato arredondado produz um som mais brilhante. Quando mais o formato se aproxima de um “V”, mais opaco o som se torna.

Backbore – O formato do backbore, tão como seu volume, é muito importante no controle da resistência e da qualidade sonora. Geralmente um backbore mais justo ou menor produz um som mais brilhante enquanto que um backbore mais largo produz um som mais opaco e meloso.

Shank – O tamanho do shank controla quão fundo o bocal se encaixa nos lábios. Na maioria dos instrumentos o bocal não se encaixa contra o fim do bocal, criando assim uma brecha entre o fim e o começo do bocal. Essa brecha é muito importante na medida que ela afeta a resistência e a entonação; uma brecha menor produz menos resistência e vice-versa.

Escolhendo um bocal certo

Iniciantes – Geralmente com bocais como o 11C4-7C (Yamaha), 7C (Bach) ou 7C (Giardinelli). É recomendável ficar com o tipo de cup e backbore que venha com um desses bocais. A escolha da borda (larga) é uma área em benefício do estudante neste estágio, desde que a escolha seja de acordo com a formação dentária, lábios e o maxilar do estudante. Há ocasiões em que se escolhendo um bocal com um diâmetro maior será melhor para o estudante. Se após algumas semanas o estudante ainda tiver problemas produzindo um tom, tente uma borda mais larga.

Em muitos casos em especialmente se o estudante tem os dentes frontais muito largos ou usa aparelhos, uma borda mais larga ajudará a soltar os lábios, permitindo assim uma vibração mais fácil.

Intermediários – Nesse estágio o estudante terá desenvolvido maior resistência e poderá mudar para um bocal mais largo. É recomendável ficar com um cup e backbore de tamanho médio. Uma típica mudança seria de um 11C-7c ou equivalente para um 14C4 (Yamaha), Bach 5C ou Giardinelli 5C. Mudando para um bocal ainda mais largo dará um som mais cheio e um tom mais ressonante.

Avançados – Se o trompetista está tocando em uma banda de jazz, especificamente se o repertório é pesado, ele optará para um bocal que realce os registros agudos tão como produzindo uma qualidade de tom que o ajudará a dar as “cortadas” na banda. Isso geralmente significa escolher um cup e backbore menor como os 13A4a (Yamaha), Schilke 13A4a ou os 14A4a (Yamaha), Schilke 14A4a e o Giardinelli 6S. Trompetistas estudando um método de jazz provavelmente preferirão um tom mais cheio, sendo o bocal um 13B4 (Yamaha), Bach 6C ou um 14B4 (Yamaha), Bach 3C, ou o Schilke 15B. Se o estudante está interessado em tocar em uma orquestra sinfônica, então provavelmente escolherá um 16C4 (Yamaha), Bach 11/2C, Giardinelli ST-2 ou um 17C4 (Yamaha), Bach 1C ou o Giardinelli 3C.

Mesmo muitos professores seguirem a numeração de bocais como sendo uma regra, ela não se aplica muito bem na vida real. Como cada musico tem a formação dos lábios de um jeito, o interessante é ele ir testando os bocais até encontrar o que mais lhe dará conforto. É interessante o aluno partir com um bocal standart como um Bach 7C e após 1 ano de estudo ver se gosta do timbre desse bocal, ou seja interessante partir para um bocal maior ou menor.
 Fonte: trompeteclub.com

10 passos para tocar Trompete


Este guia irá ensiná-lo a tocar trompete em dez passos simples!Ser capaz de mostrar aos seus amigos, participar de uma banda, ou apenas jogar por diversão! A tocar trompete é um hobby que vai durar toda a vida, e é divertido, também!

1-Obter um Trompete . Vá para a sua loja de música local e pedir ao funcionário para uma trombeta aluno para alugar ou comprar. Peça para garantir que o trompete está na chave B do plano (plano B apenas). Ela pode ser uma marca não marcado. Não se preocupe, instrumentos muitos estudantes vêm de uma marca não marcado. É bom para começar. Certifique-se de verificar o seguinte antes de começar a alugar o seu trompete novo. Lembre-se de comprar um trompete pode ser caro.

2-Mantenha o seu trompete em seu caso para começar . Dizer que a letra "M", mas pare na parte "mmm". Mantenha seus lábios nessa posição. Agora, explodir através dessa posição em um som vibrante. Pode parecer estranho à primeira vista, mas que é a posição dos lábios básico para usar durante o jogo.

3-Para chegar 'zumbido' abaixo, aqui estão algumas dicas : Finja que há um pequeno pedaço de papel na ponta da língua. Enfiar a língua um pouco para fora, apenas a ponta, e raspar o papel fora de sua língua rápida e cuspi-lo fora de sua boca. Seus lábios devem travar entre si, criando um som similar a um "framboesa".

4-Sair de seu trompete . Depois de montar-lo plenamente, inalar através de sua boca, assuma a posição dos lábios adequado, colocar o instrumento até seus lábios, e sopro.Não empurre os botões ainda. Você deve sentir o aperto mudança lábios como travar em uma nota. Não empurre os botões ainda!

5-Depois de jogar a sua primeira nota, tente apertar os lábios levemente e empurrando para baixo válvulas de um e dois (as válvulas são numerados de um a três . Válvula número um é o mais próximo a você, e número da válvula três é para o sino da buzina). A nota deve ser maior.

6-Parabéns ! Você já jogou suas duas primeiras notas sobre uma trombeta!

7-Saiba o seu primeiro escalão . A escala é uma coleção ascendente ou descendente de arremessos procedentes de um regime específico de intervalos.

8-Pratique a escala, tanto quanto possível . Tente praticar todos os dias por pelo menos 15 minutos. É recomendado que você pratica cerca de uma hora por dia, uma vez que você tem a força para isso, mas quando você começa fora, e especialmente quando você tem apenas uma escala para jogar, 15 minutos deve ser suficiente.

9-Compre um método de trompete, e siga as instruções a partir daqui . O que você aprendeu aqui é apenas uma das 12 escalas, o livro deve ensinar-lhe, pelo menos, um ou dois, e muitas canções, antes de passar para outro, ou partituras. Boa sorte! A trombeta é um grande instrumento que leva um monte de prática para jogar bem.Um grande livro seria Métodos Rubank elementares para Trompete plano B ou Cornet, ou um Getchell. Peça ao funcionário da loja para qualquer um destes.

10-Porque zumbido pode ser um passo muito difícil de dominar para algumas pessoas, levar em torno de um bocal com você . Se você buzz em sua porta-voz corretamente, você deve ser capaz de fazer um som coerente. Pode soar um pouco como o Pato Donald, mas isso é uma coisa boa. Se você soar como Donald, você está fazendo algo certo.



As Diferentes Embocaduras do Sax

As Diferentes Embocaduras do Sax
Ivan Meyer

Vamos falar nesta Dica Técnica de um dos assuntos mais polêmicos para os saxofonistas: a tal da "embocadura certa". Cada músico possui boca, arcada dentária, cavidade bucal e lábios diferentes, além da variedade de boquilhas e palhetas. Tudo isso influencia nas embocaduras. Tentamos encaixar a boquilha em nossa boca e, dependendo de nossos lábios, arcada dentária e cavidade bucal, vamos ter respostas diferentes, de acordo com a posição da boquilha na boca.
Há várias maneiras de se colocar a boquilha na boca. Essa maneira específica é por nós chamada de embocadura. Existem vários tipos de embocaduras, como também há diferentes boquilhas e palhetas. Temos que formar um conjunto equilibrado e único para nosso próprio uso. O mesmo conjunto (embocadura, boquilha e palheta) não funciona bem com outro saxofonista e vice-versa, justamente pela diversificação de lábios, arcadas dentárias e cavidade bucal.
A confusão sobre qual a melhor palheta, boquilha ou embocadura a ser usada pelo saxofonista é também comum em outros instrumentos de sopro, como o clarinete, flauta transversal, trompete, trombone, oboé, etc. Isso porque somos diferentes e temos respostas diferentes ao que somos expostos.
Podemos classificar a embocadura do sax em dois grupos básicos: alguns saxofonistas adotam o apoio dos dentes superiores na boquilha e outros não, sendo que cada um dos estilos tem suas próprias variantes.
Não estou afirmando que devemos ter maneiras diferentes de fazer a embocadura, mas sim falando que, em minha experiência como professor aqui e fora do Brasil, pude observar as diversas embocaduras adotadas pelos saxofonistas, profissionais ou amadores, e cada tipo tem suas qualidades.
A diferença básica entre os dois tipos de embocadura é: O apoio dos dentes superiores na boquilha
Uma corrente de saxofonistas adota e usa o apoio dos dentes. Outros, em vez de usar o dente, utilizam o lábio para dar firmeza à embocadura, o que não acontece, pois o lábio não tem a consistência de um dente.
Você deve estar se perguntando: qual é a melhor embocadura? Se você tem essa dúvida, é porque ainda está usando o lábio. Quem usa o apoio dos dentes não tem essa dúvida! Veja a figura abaixo.
A grande confusão
A confusão começou há muito tempo, quando o Brasil era escasso em métodos e bons professores. Havia (e existe até hoje) um método importado ­ que eu não vou citar, é claro ­, um dos mais conhecido para saxofone, adotado pelas escolas , conservatórios e igrejas evangélicas. Sua explicação de como se fazer a embocadura é um absurdo, uma aberração musical, embora tenha exercícios escritos que são gostosos de executar.
Quantos músicos tiveram arruinada a sua carreira pelo uso deste "método" de se fazer a embocadura sem o uso dos dentes superiores no apoio da boquilha? Ele indica somente o apoio dos lábios superiores e inferiores voltados para dentro, seguido de um golpe seco com a língua para fazer vibrar a palheta e produzir o som com a sílaba "tu". Que falta de informação! Veja a Figura 2.
Professores que confiaram nesse método não tiveram e nunca teriam a intenção de ensinar errado. Simplesmente, eles não conhecem outra maneira de fazer embocadura, e isso é muito triste.
Que fique claro que minha intenção é ajudar a mudar esse quadro em nosso país. Para isso, precisamos se conscientizar do problema e, principalmente, como tratá-lo. Posso afirmar, porém, que é crescente o número de saxofonistas que adotam e mudam sua embocadura para o apoio dos dentes. Prova disso são os novos saxofonistas evangélicos, com destaque em bandas gospel, todos eles donos de uma ótima técnica e sonoridade.
Como deve ser a embocadura?
O uso dos lábios é aconselhável somente para quem não tem os dentes superiores ou possui algum tipo de ponte móvel ou algum outro problema com a raiz do dente. Consulte um dentista e mostre o seu problema em relação à boquilha. Se necessário, peça ao seu professor para conversar com o dentista para expor como é feito esse apoio dos dentes na boquilha ou mostre esta matéria com os desenhos das embocaduras, pois isto pode ajudá-lo a encontrar uma solução para seu problema. Não é necessário morder a boquilha e, mesmo que você use uma dentadura, ponte móvel ou dente postiço, isso não é impedimento para o uso da embocadura de apoio com os dentes. Esse apoio só deverá ser evitado caso venha trazer algum dano à sua saúde. Sem esses sintomas, você deve usar o apoio dos dentes superiores na boquilha.
Caso venha sentir algum tipo de dor, consulte seu dentista pois isso não é normal, e você pode estar com algum problema.
Posição da boquilha na boca
Repare que vários saxofonistas conhecidos têm a boquilha mais para a esquerda ou direita e não necessariamente no centro, onde sentem mais firmeza no apoio dos dentes. Muitas vezes, essa sensação é ocasionada pela diferença de altura entre os dentes frontais superiores.
Uma seção de limagem no dentista, para tirar a diferença de altura, pode ser a solução para apoiar a boquilha em ambos. Contudo, é sabido que usá-la mais para um lado ou para o outro não traz conseqüências para o saxofonista. O que não pode acontecer é o saxofonista ficar trocando de lado a toda hora. Devemos encontrar o melhor apoio, aquele com o qual você se sinta confortável. Assim, seu organismo cuidará de desenvolver os músculos mais usados na embocadura, como mostra a Figura 3.
Apoiando os dentes superiores na boquilha
Quando somente usamos os lábios para segurar a boquilha em nossa boca, sem o uso dos dentes superiores, a afinação fica seriamente comprometida em passagens rápidas ou de intervalos distantes, e o músico não tem domínio dos graves e tampouco dos agudos, pois não trabalha os harmônicos, que necessitam da precisão de abertura feita com o apoio dos dentes (tanto para os graves como para os agudos). Desse modo, a sonoridade é pequena e a resistência superbaixa. Se, ainda assim, o músico tira um som bonito, não se engane! O efeito dura pouco, pois o lábio não tem resistência para manter o som ou segurar a afinação.
O atrito com os dentes
Repare naquelas boquilhas de massa ou metal em que, no lugar de contato da boquilha com o dente, existe outro material (geralmente uma resina protética). Isso evita que o atrito do dente com a boquilha origine um furo no local de apoio. As boquilhas de massa que seguem essa corrente de embocadura têm uma resina diferente, de vez em quando com cor diferente também, que garante a vida útil do acessório. O processo é o mesmo para as boquilhas de metal, caso contrário o atrito entre o metal e o dente destruiria o dente. Nesse caso, é melhor substituir a resina da boquilha do que perder o dente; o desgaste do dente em contato com o metal pode chegar até a raiz e danificá-lo.
Não tenha medo de mudar ou experimentar. Você só vai crescer se tentar novos caminhos. Sei que, no começo, saxofonistas que usam somente o lábio têm receio de colocar os dentes superiores na boquilha. Geralmente, sentem cócegas ou arrepios. Pode-se colocar um pedaço de papel contact ou couro colado sobre a parte de apoio dos dentes, ou comprar em casas especializadas adesivos para este fim.
Assim, criamos um tipo de amortecedor da vibração da boquilha. Depois, com o tempo, você se acostuma e poderá até tirá-lo.
Sinto que ao colocar um contact ou couro na boquilha, alteramos o som dela para "mais aveludado". Outra dica interessante é colocar um pedacinho de pelica nos dentes inferiores, caso seus dentes sejam do tipo serrilha. Sem o atrito do lábio inferior com os dentes inferiores, você vai tocar por várias horas. Isso é comum entre os saxofonistas mais experientes que no carnaval trabalham durante vários dias e horas e em condições que os obrigam a tocar muito forte. Quem já fez carnaval sabe do que estou falando....
Mantendo o apoio dos dentes
Devido ao fato de o contato do dente não estar sendo total, é preciso apoiá-lo com uma pequena pressão para baixo. Neste caso, a altura da correia é fundamental. Se ela estiver alta, forçará o contato da boquilha com o dente, tirando todo o peso do sax sob o maxilar inferior e deixando-o livre para ter a precisão no controle de vibratos, harmônicos e todos os matizes do som.
Mas, se apoiar o dente na boquilha e manter a correia baixa, com o tempo ou durante uma execução, você poderá transferir por descuido o peso do sax para o maxilar inferior, ficando impedido de executar múltiplas funções. Isso é fatal. De nada adianta apoiar corretamente os dentes e usar a correia baixa, pois assim você perderá o apoio dos dentes superiores na boquilha, além de estrangular toda a passagem de ar e diminuir o espaço entre a boquilha e a palheta, devido ao próprio peso do sax, que tem seu apoio mais no lábio inferior do que nos dentes superiores.
Encontrando a altura certa da correia
Coloque-se em pé com a coluna ereta. É preciso fazer com que o sax - preso na correia e na posição de tocar - venha em direção aos dentes superiores e não à altura do queixo. Caso isso aconteça, não abaixe a cabeça para fazer a embocadura, nem projete a coluna para frente a fim de alcançar a boquilha. Lembre-se de levantar a correia, fazendo com que a boquilha encaixe embaixo dos dentes superiores, mantendo uma pequena pressão. Você terá sua garganta livre e aberta para a passagem do ar, e estará evitando o peso do sax sobre o maxilar inferior, o que tira seus movimentos e controle. O maxilar inferior é uma das peças mais importantes desse conjunto. Ele é responsável pelas impostações dos graves e projeções dos agudos, vibrato e inflexões tonais.
Teste do tudel
Embora simples, este teste é muito eficaz para saber se estamos com o apoio correto dos dentes. Para isso, basta pedir que alguém balance o tudel enquanto você toca: se sua cabeça acompanhar o movimento do tudel como se fosse uma única peça, você estará com a embocadura certa. Porém, se balançarem o tudel ao tocar, a boquilha deslizar pelos seus dentes, desafinar ou perder o som, é sinal de que está faltando o apoio dos dentes. Quem deve estar fazendo o papel de fixação é o lábio - e o lábio é mole, não fixa nada. Isso deve estar acontecendo por causa da correia baixa. Levante-a e ganhe firmeza no seu som.
Como saber se sua embocadura está firme
Toque uma música, escala cromática e uma nota longa. Enquanto isso, faça um grande círculo com o sax. A cabeça deve acompanhar o movimento junto com o tronco. Com o corpo e a cabeça se movendo de um lado para o outro, se você não perder a sonoridade nem tiver alterações no som, então podemos dizer que você está com a embocadura usada pelos grandes saxofonista. É lógico que ela dá trabalho para ser entendida, mas a diferença está justamente aí! É que ela dá "muito trabalho" para quem a usa, principalmente trabalho em shows, trabalho em orquestras de bailes, trabalho em gravações, em acompanhamento de artistas, em escolas...
Captou a mensagem? Dá um trabalho...
Como saber se estamos tocando com a embocadura relaxada
É muito fácil: basta tocar a nota DO sem a chave de agudos ou registro (aquela que usa somente a mão esquerda). Quando ela estiver soando, você então aperta o maxilar contra a palheta e a sua nota DO vai virar um DO #. Caso isso não ocorra, é porque você está com a embocadura tensa (veja a Figura 4). Para corrigi-la, faça então o contrário.
Toque a nota relaxando o maxilar, para fazer com que ela desça meio tom. Esta deverá ser a sua posição de embocadura. Você deve afinar as outras notas da escala em relação a esta nota relaxada, mantendo a afinação entre elas sem tensionar o maxilar. Desse modo, terá muito mais campo dinâmico e de inflexões tonais. Não se esqueça de nunca "bater'' a língua para começar o som no sax. Você deve colocar o ar em movimento espiral por dentro do saxofone emitindo a sílaba HOO (assim batizada pelo mestre Demétrio Lima, que é expert no assunto), utilizando somente o diafragma que colocará em movimento o ar parado, criando uma correnteza que projetará o seu som e na qual poderá articulá-lo à vontade, sem o perigo de engarrafá-lo dentro do sax. Caso não conheça esse processo, fique tranqüilo, pois este será nosso próximo assunto.
Agora, mãos à obra. Regule e acerte sua embocadura. Não custa nada tentar; se você não tentar, não irá conhecer suas possibilidades sonoras.


Fonte:http://www.explicasax.com.br/html/ie_embocaduras.html